há sempre um mar invisível

despejado a conta-gotas

pingando nos olhos de quem sofre


o sal que queima a retina

e as veias

violentas ondas de miséria


só quem sofre

[por amor]

pode saber


as algas presas aos meus cabelos

e o sempre-mar

na ressaca dos meus olhos


– poema “rebentação”, do meu livro “Um buraco com meu nome”.
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